terça-feira, 16 de junho de 2015

A Historia dos Viajantes – O Mochileiro Voante

Meu rumo é... Por ai!!


Aqui começamos uma nova historia, vamos contar um pouco de varias historias, mostrar a todos que ser um mochileiro depende somente de você, pois existem vários tipos de mochileiros..  aqui vamos conhecer a historia do Rodrigo Teixeira


Nome: Rodrigo dos Santos Teixeira
Idade: 25 anos e 9 meses
Cidade: Atualmente Porto Seguro - Bahia
Quantos Países conhece: 09
Onde seguir: O Mochileiro Voante 
Paulista, vivi em São Paulo até os 23 anos. Lá me tornei piloto de avião e trabalhava em duas empresas, uma de táxi aéreo e outra de engenharia aeronáutica.

Comecei de baixo na aviação, de um atendente que lavava aviões até chefe de um setor de engenharia e copiloto. Trabalhando pude conhecer muitos lugares do Brasil, sempre ficando em bons hotéis e frequentando lugares badalados. Contudo aos 23 anos, no ápice de uma fase de questionamentos sobre o sentido da vida, abandonei tudo (família, casa e trabalho), coloquei uma mochila nas costas e saí a conhecer o mundo e a mim mesmo.
Hoje, um ano e dez meses depois, acumulo histórias vividas em 42 cidades em nove países da América do Sul e uma ilha do Caribe, além de vários lugares do Brasil, totalizando 30 mil quilômetros e que estão rendendo meu primeiro livro, onde conto algumas dessas histórias.
Agora estou em Porto Seguro, me virando com trabalhos esporádicos como servente de pedreiro, ajudante de açougue e até como trabalhador rural, para renovar meu passaporte e sair novamente, de carona, dessa vez até o México, passando por todo o litoral nordestino e os países da América Central.

1. Qual o momento da sua vida, você se deixou virar um mochileiro?
Não sei bem o que é ser mochileiro, mas cansado de viajar de avião e dormir em hotéis bons (trabalhava com isso), resolvi fazer uma viagem de ônibus com pouco dinheiro para mudar de “perspectiva”. Fui a Machu-Picchu no Perú com pouco dinheiro, passei inúmeras dificuldades e quando voltei para a vida “normal” senti saudade dos perrengues, das pessoas que conheci, dos belos lugares que visitei. Da volta até abandonar tudo para cair na estrada foram seis meses.
2. Entre suas viagens, qual foi o maior problema que teve que enfrentar e o que fez para superar ele ( se é que superou):
Sinceramente não sei responder. A vida na rua te traz dificuldades distintas todos os dias, mas superá-los torna-se uma coisa habitual. Acredito que a maior dificuldade tenha sido a primeira, justamente por eu não ter conseguido superar. Quando fui a Lima no Peru e fiquei sem dinheiro, passei 26 horas sem comer e dormi mal em um banco de uma praça do centro da cidade. Hoje, já passei por situações piores, mas sei resolvê-las.
3. Qual a mochila que você usa habitualmente
São duas. Uma mochila de R$ 80 que comprei no hipermercado Extra – nem sei o nome dela – e outra que ganhei de presente, bem barata também, da marca Yins. Ambas são mochilas grandes, cabem muita coisa, mas são muito simples, sem nenhum conforto ou coisa especial. Mas suprem minhas necessidades e quando rasgam eu mesmo as costuro.
4. Qual sua próxima viagem?
Em Julho termino de escrever meu primeiro livro e minha ideia é ir até o México de carona. Mas daqui de Porto Seguro a primeira etapa será atravessar a Península do Maraú inteira andando.
5. Você é rico para viajar tanto? Se não for, como consegue dinheiro para as viagens?
Desde que saí de casa faço trabalho esporádicos como: Ajudante de açougue, Servente de Pedreiro, lavei banheiro público, ajudante de eletricista, de serralheiro, vendi torta na rua e até como trabalhador rural. Meus gastos são mínimos, apenas com a comida que compro, que geralmente é arroz, lentilha, calabresa, macarrão e pão. Me transporto de carona ou andando e durmo acampado ou em bancos de praça e coisas assim.
6. O que sua família acha de você ser um Mochileiro?
Não concorda. Até hoje – um ano e dez meses após ter abandonado tudo - tento dar explicações que são sempre seguidas de mais e mais questionamentos. Ninguém entende, julga, inventa razões, principalmente por eu ter a vida que sonhava antes de viajar: Trabalhava com o que gostava, vivia bem e sempre estive bem acompanhado.
7. Qual o lugar que você sonha em conhecer?
Muitos lugares. Geralmente me foco nos objetivos mais próximos, mas quero conhecer tudo o que puder, atravessar o Saara, conhecer o Egito, Oriente Médio, Sudeste Asiático, ficar uns meses na Índia, chegar próximo ao Everest, coisas assim.
8. Como se organiza para viajar, faz pesquisa, fica em hostels, casa de amigos, usa sites?
Planejo muito pouco. Mesmo quando saí de casa a quase dois anos atrás, com 3 mil reais, planejei as coisas por alto. Nesse começo ficava em hostels e via na internet o que tinha de bom pra fazer. Hoje eu não planejo lugar para ficar, deixo acontecer, gosto de “me virar” e planejamento não é meu forte. Apenas de alguns amigos específicos que quero visitar. Lugares hoje eu já estudo com antecedência, mas nada em excesso também. Em semanas devo sair de Porto Seguro com o objetivo de chegar ao México, de carona, e meu único planejamento é renovar o passaporte e os documentos necessários. O resto me viro na hora.
9. Quais dicas você daria para um iniciante?
Siga seu coração, seja legal e bom para o mundo que o Universo te responde de volta e o resto é deixar-se levar para seus sonhos.

3 comentários:

  1. Queria eu ter a coragem, mas uma hora ela aparece

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    1. Ricardo, verdade, as vezes temos a vontade, temos como ir , mas falta coragem...

      se isso poder te ajudar, vai sem medo.. coragem se conquista no caminho.. bora viajar!!

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